A Apple renova sua linha de tablets com foco em desempenho e prepara terreno para o futuro da Inteligência Artificial.
A Apple revelou recentemente suas novas apostas para o mercado de tablets: o iPad Air atualizado com o chip M2 e o ultrafino iPad Pro, que surpreende ao estrear o inédito e potente chip M4. Os lançamentos miram em segmentos distintos, desde o usuário comum até o profissional de ponta, mas a recepção foi marcada tanto pela inovação do hardware quanto por uma rara polêmica de marketing que forçou a empresa a se desculpar publicamente.
iPad Air: A democratização da alta performance
O novo iPad Air agora está disponível em dois tamanhos, 11 e 13 polegadas, atendendo a uma demanda por telas maiores fora da linha Pro. A principal novidade é a incorporação do chip M2, o mesmo que equipava a geração anterior do iPad Pro. Essa mudança representa um salto significativo de desempenho, tornando o iPad Air uma ferramenta extremamente capaz para tarefas pesadas como edição de vídeo e design gráfico, com uma performance gráfica superior e um motor neural 40% mais rápido. Com essa atualização, a Apple posiciona o Air como a opção ideal para estudantes, criadores de conteúdo e usuários que desejam performance de nível profissional sem o custo total do modelo Pro.
iPad Pro com M4: Uma máquina para a era da IA
O grande destaque do evento foi, sem dúvida, o novo iPad Pro. Apresentado como o produto mais fino já criado pela Apple, o dispositivo impressiona não só pelo design, mas pelo seu interior. Ele salta uma geração de processadores e estreia o chip M4, antes mesmo de sua chegada aos MacBooks. Segundo a Apple, o M4 possui um “motor neural extremamente poderoso”, capaz de superar qualquer PC com foco em IA atualmente no mercado. Essa aposta clara sinaliza que a empresa vê o iPad Pro como uma plataforma central para o desenvolvimento e execução de aplicações de inteligência artificial, visando consolidar sua posição em uma tecnologia emergente e competitiva.
Acessórios aprimorados e a polêmica do “Crush!”
Para complementar os novos tablets, a Apple lançou o Apple Pencil Pro, que agora inclui gestos de apertar (squeeze), rotação e feedback tátil para uma interação mais intuitiva com aplicativos criativos. No entanto, o brilho dos lançamentos foi ofuscado pela campanha publicitária do iPad Pro. O comercial, intitulado “Crush!”, mostrava uma prensa hidráulica destruindo instrumentos musicais, câmeras, livros e outros símbolos da criatividade para revelar o fino iPad Pro no final. A reação foi imediata e negativa, com artistas e criadores acusando a Apple de simbolizar a “destruição da experiência humana” pela tecnologia. A repercussão foi tão forte que a empresa emitiu um pedido formal de desculpas, admitindo ter “errado o alvo” com o vídeo.
Conclusão: Inovação potente, comunicação sensível
Os novos iPads da Apple demonstram uma clara direção estratégica: o modelo Air herda a potência Pro para massificar o alto desempenho, enquanto o Pro com M4 se estabelece como a vanguarda da companhia para a revolução da IA. O hardware é inegavelmente impressionante e preparado para o futuro. Contudo, a controvérsia do comercial serve como um lembrete de que, para uma marca cuja identidade é tão atrelada à criatividade, a forma como a inovação é comunicada é tão importante quanto a própria tecnologia.