Parceria estratégica visa impulsionar a mobilidade sustentável com inauguração de posto em Brasília e testes inéditos com o Honda CR-V e:FCEV.
A Neoenergia e a Honda Automóveis do Brasil firmaram uma aliança histórica para acelerar a adoção de tecnologias de baixo carbono no país. As empresas anunciaram um investimento superior a R$ 30 milhões para desenvolver um ecossistema de mobilidade baseado em hidrogênio verde, com foco inicial na capital federal.
Infraestrutura Pioneira em Brasília
O coração do projeto é a inauguração do primeiro posto de abastecimento de hidrogênio verde da Neoenergia no Brasil, localizado em Brasília (DF). Prevista para entrar em operação em dezembro de 2025, a estação servirá como laboratório real para validar a viabilidade técnica e econômica do combustível limpo em cenários urbanos.
A iniciativa integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), reforçando o compromisso do setor elétrico com a transição energética.
O Veículo: Honda CR-V e:FCEV
Para testar a infraestrutura, a Honda cederá o modelo CR-V e:FCEV, um SUV que combina a tecnologia plug-in com células de combustível a hidrogênio. Diferente dos elétricos convencionais, este veículo oferece a flexibilidade de ser recarregado na tomada para trajetos curtos ou abastecido com hidrogênio para longas distâncias, emitindo apenas vapor d’água pelo escapamento.
Durante um período de seis meses, o veículo será submetido a testes rigorosos para avaliar:
- Eficiência energética e autonomia em condições reais de uso.
- Desempenho do sistema de células de combustível.
- Logística e experiência de abastecimento na nova estação.
Visão de Futuro e Sustentabilidade
Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, destacou que a parceria une inovação e sustentabilidade para consolidar a liderança da empresa na transição energética. Já Arata Ichinose, presidente da Honda na América do Sul, reforçou que o Brasil possui condições únicas para liderar a produção global de hidrogênio verde, alinhando-se à meta global da montadora de atingir a neutralidade de carbono até 2050.
O projeto não apenas coloca o Brasil no mapa global do hidrogênio, mas também investiga aplicações futuras que vão além dos carros de passeio, podendo beneficiar o transporte pesado e a indústria local.