Gigante chinesa entra no mercado de wearables com dispositivo focado no modelo Qwen e autonomia de 24 horas.
A Alibaba anunciou oficialmente sua entrada no competitivo mercado de óculos inteligentes com o lançamento da série Quark AI Glasses. Apresentados nesta semana, os novos dispositivos chegam para competir diretamente com os populares Ray-Ban Meta, apostando em uma integração profunda com o modelo de linguagem proprietário da empresa, o Qwen, e em recursos de hardware voltados para produtividade e criatividade.
Modelos e Especificações
A linha é composta por dois modelos principais, atendendo a diferentes perfis de uso:
- Quark S1: A versão premium, focada em produtividade. O grande diferencial deste modelo é a inclusão de telas Micro-OLED duplas, permitindo a projeção de informações diretamente no campo de visão do usuário. Ele conta com um sistema de baterias trocáveis inovador, prometendo até 24 horas de uso contínuo, além de áudio por condução óssea. O preço inicial é de 3.799 yuans (aproximadamente US$ 536).
- Quark G1: Uma versão mais leve (apenas 40 gramas) e focada em estilo de vida, sem os displays visuais. Este modelo prioriza a interação por voz e a captura de imagens, funcionando como um assistente pessoal discreto. Seu preço começa em 1.899 yuans (cerca de US$ 268).
Integração com Inteligência Artificial
O coração dos dispositivos é o modelo de IA Qwen. Diferente de simples fones de ouvido com microfones, os óculos da Alibaba utilizam suas câmeras e sensores para “ver” o mundo ao redor. Os recursos incluem:
- Reconhecimento Visual: Identificação de objetos, preços e pontos turísticos em tempo real.
- Navegação e Tradução: Instruções visuais (no S1) e tradução simultânea de idiomas.
- Assistente Criativo: Capacidade de gerar notas de reuniões, sugerir respostas e atuar como teleprompter.
Disponibilidade
Os óculos foram lançados inicialmente no mercado chinês, onde a Alibaba busca consolidar o Qwen como a interface de IA dominante. Ainda não há previsão oficial para o lançamento global, mas o movimento sinaliza uma nova fase na guerra dos wearables, onde o hardware serve cada vez mais como um canal direto para os ecossistemas de inteligência artificial das grandes tech.