Nova Identidade para a Internet Espacial
A Amazon oficializou uma mudança estratégica significativa em sua divisão de conectividade via satélite. O projeto anteriormente conhecido como Project Kuiper agora atende pelo nome de Amazon Leo. A mudança de marca, anunciada em novembro de 2025, não é apenas estética; ela sinaliza a entrada da empresa em uma fase mais agressiva de comercialização para competir diretamente com a Starlink, da SpaceX.
Por que Amazon Leo?
O nome “Leo” é uma referência direta à órbita onde a constelação opera: Low Earth Orbit (Órbita Terrestre Baixa). Diferente dos satélites geoestacionários tradicionais, que ficam a dezenas de milhares de quilômetros da Terra, os satélites LEO orbitam muito mais próximos, permitindo uma latência reduzida e velocidades comparáveis às da banda larga terrestre.
Embora o nome original homenageasse o Cinturão de Kuiper, a nova marca busca simplificar a comunicação com o consumidor final e empresas, preparando o terreno para o lançamento global dos serviços.
Hardware e Capacidade
A Amazon Leo já iniciou o despliegue de sua constelação, com os primeiros lançamentos de produção ocorridos em abril de 2025. A infraestrutura promete conectar áreas remotas e fornecer redundância crítica para governos e grandes empresas. O sistema conta com três modelos de antenas para os usuários:
- Leo Nano: Um modelo ultracompacto e portátil.
- Leo Pro: A versão padrão para residências e pequenos negócios.
- Leo Ultra: Um terminal de alta performance capaz de atingir velocidades de até 1 Gbps, focado em uso corporativo e governamental.
A Corrida Contra a Starlink
Apesar do rebranding e do progresso técnico, a Amazon ainda corre atrás do prejuízo. A Starlink já possui uma base estabelecida de milhões de usuários e parcerias com operadoras de telefonia e companhias aéreas. No entanto, a Amazon aposta em sua enorme capacidade logística e na integração com seus serviços de nuvem (AWS) para ganhar mercado, especialmente no setor corporativo.
O serviço Amazon Leo está atualmente em fase de testes com parceiros empresariais selecionados, com uma expansão mais ampla prevista para ocorrer ao longo de 2026.