Crescimento acelerado impulsiona a plataforma descentralizada ao topo das lojas de aplicativos
A rede social descentralizada Bluesky alcançou um novo e significativo marco nesta semana, ultrapassando oficialmente a contagem de 20 milhões de usuários. O crescimento explosivo da plataforma ocorre em um momento de intensa migração digital, consolidando-a como uma das principais alternativas ao X (antigo Twitter) e ao Threads, da Meta.
Ascensão meteórica
De acordo com dados recentes, a base de usuários do Bluesky triplicou nos últimos três meses. A plataforma, que contava com cerca de 15 milhões de inscritos há menos de uma semana, registrou dias com mais de um milhão de novos cadastros em períodos de 24 horas. Esse ritmo acelerado colocou o aplicativo no topo da lista dos mais baixados na App Store dos Estados Unidos por seis dias consecutivos e como o principal aplicativo (não relacionado a jogos) no Google Play por quatro dias.
O aumento repentino de tráfego é atribuído, em parte, a um movimento de êxodo de usuários do X após o período eleitoral nos Estados Unidos, além de mudanças nos termos de serviço da plataforma de Elon Musk que geraram preocupações sobre privacidade e uso de dados para treinamento de IA.
Desafios do crescimento
A rápida expansão trouxe desafios operacionais imediatos. A equipe de segurança do Bluesky relatou um recorde histórico de atividade de moderação, recebendo mais de 42.000 denúncias em um único dia. Para lidar com a demanda, que chegou a uma média de 3.000 relatórios por hora, a empresa afirmou estar reforçando sua equipe de suporte e moderação em tempo real.
Cenário competitivo
Embora o crescimento seja notável, o Bluesky ainda enfrenta um longo caminho para alcançar seus rivais em números absolutos. O Threads, por exemplo, reportou recentemente ter atingido 275 milhões de usuários mensais ativos. No entanto, o diferencial do Bluesky aposta na descentralização e na promessa de maior controle do usuário sobre seu algoritmo e dados, uma proposta que tem ressoado fortemente com o público que busca uma experiência de mídia social menos controlada por grandes corporações.
A plataforma continua a implementar novos recursos para reter esses novos usuários, mantendo-se fiel à sua arquitetura de protocolo aberto (AT Protocol), que visa permitir que as redes sociais operem de maneira federada, similar ao funcionamento do e-mail.