Um Novo Capítulo para a Computação Quântica
O Google anunciou uma parceria estratégica com o governo do Reino Unido para disponibilizar o acesso ao seu mais avançado chip quântico, o Willow, para pesquisadores e cientistas britânicos. A iniciativa, revelada nesta semana, visa acelerar a descoberta de aplicações práticas para a computação quântica, uma tecnologia que promete revolucionar campos como a medicina, a ciência dos materiais e a criptografia.
O Poder do Chip Willow
Lançado originalmente no final de 2024, o processador Willow representa um marco significativo na corrida quântica. Com 105 qubits, o chip demonstrou capacidade de reduzir erros exponencialmente à medida que o número de qubits aumenta — um feito conhecido como correção de erros quânticos abaixo do limite. Em testes de benchmark, o Willow completou em menos de cinco minutos um cálculo que levaria 10 septilhões de anos para ser processado por um dos supercomputadores clássicos mais rápidos do mundo.
Colaboração Internacional
Através desta nova parceria, cientistas poderão submeter propostas ao National Quantum Computing Centre (NQCC) do Reino Unido para projetar e executar experimentos diretamente no hardware do Google. O objetivo é transcender a teoria e testar algoritmos em um ambiente real de hardware de ponta.
“A nova capacidade de acessar o processador Willow do Google, através de competição aberta, coloca os pesquisadores do Reino Unido em uma posição invejável”, afirmou o Professor Paul Stevenson, da Universidade de Surrey, destacando que a colaboração beneficiará ambos os lados com a troca de expertise.
Impacto e Futuro
A iniciativa chega em um momento crucial, onde a competição global pela supremacia quântica se intensifica. Enquanto os computadores quânticos atuais ainda buscam tração comercial, movimentos como este são essenciais para identificar os “killer apps” que justificarão o investimento massivo na tecnologia. O foco agora se volta para resolver problemas intratáveis para computadores clássicos, desde a simulação de novas moléculas farmacêuticas até a otimização de redes de energia complexas.