Mudança na arquitetura do aplicativo para PC gera críticas devido ao alto consumo de recursos e perda de desempenho em máquinas básicas.
Uma atualização recente e mandatória do WhatsApp para Windows está causando frustração entre os usuários do sistema operacional da Microsoft. A Meta, empresa controladora do mensageiro, iniciou a substituição do antigo aplicativo nativo (UWP) por uma nova versão baseada em tecnologias web, o que resultou em um software significativamente mais pesado e exigente em termos de hardware.
O Fim da Leveza Nativa
Segundo testes técnicos realizados nesta terça-feira (16), a nova aplicação abandonou a arquitetura nativa otimizada para Windows em favor do WebView2, uma tecnologia que utiliza o motor Chromium do Microsoft Edge para renderizar a interface. Na prática, isso transforma o aplicativo de desktop em uma espécie de “navegador dedicado” para o WhatsApp Web, carregando consigo toda a estrutura de processamento de um browser moderno.
A mudança estratégica visa facilitar o desenvolvimento para a Meta: ao unificar a base de código com a versão web, a empresa consegue liberar atualizações, correções de segurança e novos recursos simultaneamente para todas as plataformas, sem precisar reescrever código específico para o Windows.
Impacto no Desempenho
Embora a atualização traga paridade de recursos com a versão de navegador, o custo em desempenho tem sido notável. Relatórios indicam que o consumo de memória RAM disparou em comparação com a versão anterior. Em computadores com configurações mais modestas (como 4GB ou 8GB de RAM), a nova versão apresenta lentidão na abertura de conversas e no carregamento de mídias, impactando a multitarefa do sistema.
Para usuários com máquinas robustas, a diferença pode ser imperceptível, mas a alteração marca o fim de uma era de otimização nativa que era um dos pontos fortes do cliente para desktop. Até o momento, a Meta não ofereceu uma opção para reverter à versão antiga (Legacy), forçando a migração para a nova arquitetura baseada em Electron/WebView.